quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um momento de paragem

A rivalidade competitiva fomenta sempre um espaço em que competição se confunde com atitudes menos correctas e picardias paralelas. Sempre existiu, e vai continuar a existir. Todas as equipas têm a sua cultura neste aspecto, e nenhuma é um baluarte da correcção. Claro que não. De forma que, embora haja referências explícitas, de tal forma foram explícitos os comportamentos narrados, o texto não pretendeu ser uma denúncia de práticas das quais eu e a minha equipa ficamos de fora, mas um ponto de reflexão para todos podermos disputar a fase final de cabeça limpa, e cultivando o respeito mútuo. O desporto também pode ajudar a mudar esta cultura do atropelamento do outro. Não faz sentido. Jogar com e não "contra". Pela minha parte, assum o compromisso de tentar deixar os árbitros errar sem protestar. Esperemos que todos estejamos no nosso melhor.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Onde acaba a competição e começa a "atropelação"

Sem dúvida que vivemos num mundo altamente competitivo. Acredito que para passarmos ao proximo estádio da evolução humana, estes valores competitivos terão de ser revistos. Eles estão presentes em tudo, desde os mais básicos jogos infantis, passando pela forma como a escola classifica e hierarquiza os alunos, através de notas. Parece que, para nos afirmamos perante o mundo e perante nós, temos de ser classificados em comparação com outros; o que nega violentamente o princípio do valor de cada um, independentemente daquilo que o distingue dos outros. E de tal forma assim é que quando recebemos muita informação negativa, passamos a duvidar do nosso valor. E quando somos vistos como os "melhores", o nosso ego pode crescer tanto que nos podemos transformar em "Narcisos", eternos apaixonados pela nossa imagem.

A competição por si só, no entanto, não tem que se tornar patológica. A competição responde a uma necessidade intrínseca à condição humana: a necessidade do jogo, do lúdico, e da demarcação de um objectivo que nos impele a tornar melhores para o atingir. O caminho para a vitória é o mais importante, não a vitória em sim. Porque, nesse percurso, melhorámos qualquer coisa em nós. E não tem de ser comparável com outros, mas comparado comigo próprio, porque consigo hoje ser um pouco melhor que ontem. Talvez ainda um pouco metafísico, enfim...

Toda a gente sabe que sou extremamente competitiva. No entanto, o que me anima é que no caminho para a vitória eu tenha que me desafiar a mim própria, testar-me, explorar e conhecer os meus limites, tornar-me mais forte, sobretudo em termos anímicos ou psicológicos. Ainda para mais, tenho para sempre a frustração de adorar uma modalidade em que a altura é essencial e eu sou quase anã. Como ultrapassar isso? É um desafio que me agrada.

Não sou nenhuma madre teresa nem bastião de comportamento exemplar, mas acredito no respeito pelos adversários, pelos árbitros (pronto, esta nota-se menos, mas por razões emocionais e não racionais), pelas colegas e por todos os envolvidos. Aquilo que eu tenho vergonha de fazer, por considerar que ultrapassa os limites da combatividade e da competição saudável é: (embora nesta lista, obviamente, haja comportamentos mais condenáveis do que outros)

- Ir jogar fora de casa e tentar controlar o aquecimento: penso que deve ser a equipa da casa a tomar a iniciativa de ir trocando de zona de ataque,etc... tomar iniciativa só se for mesmo necessário. Uma questão de educação, e a carapuça serve bem a uma das equipas do nosso campeonato. Mas até admito que possa ser um preciosismo. Mas que é uma arrogância, é!

- Festejar os erros do adversário (faz parte da cultura do voleibol, e é visto como grosseiro p.e. no ténis), de facto é muito mais gostoso festejar os nossos sucessos.

- Tentar influenciar o jogo, procurando "enganar" o árbitro (fica difícil não cometer este, quando é prática corrente). Adoraria que todos ajudassem o árbitro nas decisões difíceis e eles também, certamente. No entanto, já aconteceu que após uma decisão errada, uma jogadora da equipa que era beneficiada com o erro tentar esclarecer o árbitro e este dizer que não podia voltar atrás. Assim complica, né?

- Jogar sem ser para ganhar.
Já aconteceu ter sido afastada de competições por acontecerem resultados estranhíssimos entre outras equipas. Não há nada mais frustrante.

- Provocar adversários ou treinadores com frases ou gestos alheios ao jogo para os perturbar psicologicamente (como ja me fizeram descaradamente num dos jogos deste ano);

- Ser agressiva... que me perdoe quem o faz, mas eu acho o UUUUUUUUUUUU do bloco extremamente grosseiro, "toma", "embrulha" e outros que tais, mas até aceito que possa ser "natural" do jogo, já me custa a aceitar que o mesmo se passe no aquecimento como aconteceu no último jogo (eu até posso festejar de forma exuberante, mas não me ouvem essas coisas, ou se ouvirem é uma das minhas cenas de palhaça... e num treino, não num jogo).

- Ir ver um jogo para ostensivamente puxar "contra" uma equipa como aconteceu este fim de semana com algumas jogadoras do Cascais que se deslocaram aos Maristas. Posso estar a ser injusta e legitimamente
gostarem muito do Filipa, mas então porque não gritaram: "Filipa! Filipa!" Seria muito mais simpático e provavelmente teria o mesmo efeito. Ou porque não canalizar essa energia toda para os jogos em si? Além do mais, passaram o tempo a tentar influenciar o árbitro. Atenção, penso não estar errada quando digo que um jogador federado pode ser punido por comportamentos destes(com o árbitro), mesmo na assistência a um jogo.

Discutir com o árbitro, quando assumidamente temos dúvidas sobre a jogada em causa.

O que gosto que aconteça:

Festejar os pontos com a equipa, e não contra a outra. (eu sei que nem sempre faço isto, mas às vezes fica difícil resistir a tanta provocação). É muito bom o nosso abraço colectivo e ajuda a ligar-nos emocionalmente!

Ganhar o jogo a jogar: a servir, a receber, a passar e a atacar. Não é tão simples? Ganhar é gostoso e faz bem ao ego, mas em última instância, não é possível enganar-nos a nós próprios.

Usar de recursos periféricos em vez de jogar é, quanto a mim, fazer um pouco de batota. Logicamente que ao longo de 20 anos, eu aprendi todas as manhas, contudo, nenhum dos atletas que foi treinado por mim (muitos, muitos na formação, rapazitos que agora são uns homenzões) e as meninas seniores dos Maristas há 3 anos podem dizer que eu ensinei e incentivei essas manhas. Claro que fica difícil não as pôr em prática quando a outra equipa as começa a utilizar (ainda não consigo dar a outra face), mas racionalmente não acho que deva ser assim.

Espero honestamente que todas as quezílias mesquinhas e alguns dos comportamentos que referi, que aconteceram no passado, sejam esforçadamente evitados na final four, para que todos possamos realmente fazer aquilo que interessa, que é jogar voleibol no melhor das nossas capacidades. Até porque para jogarmos bem, precisamos de todos, colegas e adversárias.

E por último, espero que finalmente tenhamos 2 árbitros no jogo, como acontece no campeonato do Inatel, e que NUNCA acontece no nosso. Sei que o pagamento da minha inscrição não é suficiente, mas de qualquer forma, gostaria que a federação cumprisse a sua função de criar condições para uma competição justa. (Não esqueço o Jogo de Portimão, um dos piores da minha vida, mas provavelmente também para o árbitro (único) que teve de trabalhar em condições extremamente stressantes pela constante pressão do treinador do Portimão).

E já agora, uma vez que pode acontecer que este post seja também lido por dirigentes dos Maristas, porque não pedir a existência de fiscais de linha, que até podem ser recrutados nos cursos de árbitros que vão acontecendo? Provavelmente, árbitros "virgens" até podem ter interesse em se voluntariar... Seria tão bom! É que, realmente, quando vou para um jogo, eu não tenho intenção nenhuma de me zangar com os árbitros, mas não tem sido fácil, porque os enganos são mais que muitos. Para sermos justos, um dos principais problemas é mesmo o de arbitrarem sozinhos. Tenho dito! Espero que estas minhas solicitações não caiam em saco roto...


Ah! Para finalizar, mesmo assumindo que provavelmente sou uma das mais "temperamentais", gosto de jogar numa equipa que consegue manter uma postura correcta até ao máximo das suas capacidades. Porque a competição tem de ser connosco, com os nossos limites, e se valer tudo para ganhar, perde-se o mais importante, que é o respeito por nós mesmos. Desculpem o meu idealismo, mas é convicto.

domingo, 19 de abril de 2009

FINAL4...Aqui vamos NÓSSSS!

Ufaaa... PARABÉNS A TODAS/OS...sofremos...mas merecemos:)
Estou tão feliz por poder partilhar mais uma FINAL4 com voçês!...
VENHAM os jogos, o AKA, as banhocas, as cantorias e outros tantos e tão bons momentos!
Mal posso esperar...EHHHH BERRO!

Beijinhos beijinhos**
Mariana

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mentalização

Se tudo correr bem, as contas ainda se podem alterar muito a nosso favor. A parte que nos cabe é repôr a verdade nos resultados. Entrar no máximo, não dar hipótese. Cheias de confiança. É para cilindrar. eh eh eh, sem stress, mas com paixão pelo jogo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Longe vai o cansaço,
E as noites de sono perdido,
Realizar um sonho,
Há muito tempo esquecido.

Abriram-se as portas,
Já é hora de mostrar,
Quem nem a noite, nem o dia,
Nos vão fazer parar.

Cantamos numa só voz,
Fazer soar ao mundo,
A união faz a força,
Nem que seja por um segundo.

Acreditar que querer é poder,
LUTAR E VENCER!!!




http://www.youtube.com/watch?v=c5Dwd4pY4e8; http://www.youtube.com/watch?v=LPWkoPP2k0Y; http://www.youtube.com/watch?v=83U_Vg1GRvA

domingo, 12 de abril de 2009

A sorte protege os audazes

Finalmente. Já parecia macumba. Fiquei muito contente. Vamos embora, pessoal. Ao próximo...

Parabéns a nós. Ainda não estamos mortinhas.